quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Grandes figuras, Grandes legados

Há muitos anos, no próspero e amistoso reino de Narizona, residia o príncipe Márcio Freddy, descendente da rainha Ruth, e imediato da dinastia Homsi ao trono do reinado - aqui faz-se intervalo para explicar que, na dinastia, determinava-se a linha de sucessão conforme as dimensões nazais dos membros. MF, segundo os anais da história, dava abrigo a generosa napa de 11 cm (mole).

Conhecido pelo duvidoso epíteto de Freddinho, o 24º, Freddy, que nunca teve homônimos entre seus parentes, desfrutava da excelsior condição familiar, mas vivia sob um impasse que lhe corroia o intestino: a pompa e a mordomia inerentes ao prestigioso sobrenome ou o amor proibido de Azulão, negro vigoroso, servo de engenho e único a igualar a acentuada altura de Freddy - e dois ombros e meio a mais de largura.

Conta-se que se decidiu pelo amor, citando a quem escutasse que "fora flechado pelo cupido da paixão"; a verdade é que abdicou do sobrenome encorajado por pouco mais de duas dúzias de doses de vodka.

O escândalo o obrigou a mudar-se para o Principado de Costa do Sol, onde viveu suas aventuras mais corruptas e preparou os versos que lhe garantiram a posteridade: "Glamurosa", escritos sob o heterônimo MC Marcinho, em um franco relato expondo ao mundo suas práticas a quatro paredes com Azulão.

"Glamurosa!
Rainha do funk
Poderosa!
Olhar de diamante
Nos envolve, nos fascina
Agita o salão
Balança gostoso
Requebrando até o chão"

Nenhum comentário:

Postar um comentário