sexta-feira, 27 de abril de 2012

BATMAN GAY?


Tirem suas próprias conclusões, minha gente.

domingo, 22 de abril de 2012

ARCTIC MONKEYS


Dá para parceber que o show do Arctic Monkeys será bom quando o baterista começa o ritual de pesadas batidas da terceira música do setlist, Crying Lighting, sobre uma garota que tomou gosto por bancar a difícil, e o público entra naquele estado de catarse essencial para o rock de qualidade.

As pessoas ao meu redor pulam, dançam, bebem ou atiram pulseiras de neón da Heineken para o alto.
E tem de tudo ali no meio: modernet, hipster, um descendente de árabe, alguns de italiano e garotas garbosas. Muitas delas.

A ideia era achar um ponto do Jockey que desse visibilidade razoável para o telão e para o palco - e se posicionar entre um grupo inocente o bastante para cair nas piadas do Marcel durante o show. O palco eu mirava ora sim, ora não, a depender da boa vontade do pessoal da frente com este quase anão de 1,71 que aqui escreve; o resto deu certo.

Vem uma sequência do 'Suck it and See'. Esse CD eu pouco ouvi e resolvi que não caía bem uma dublagem fajuta das letras para fingir o contrário.

Do meu lado esquerdo, um pouco atrás, a fila de comes e bebes não deixa de rodar sequer um minuto.
Daria quase tudo por uma cerveja gelada. Quase tudo, menos os oito reais que estão cobrando. Fila inclusa.

"Sã-o Paolou"
É a quarta ou quinta vez que o vocalista da banda, que me lembra o PH Ganso, o meia do Santos, com um penteado rockabilly de respeito, repete o nome da cidade com seu sotaque britânico de Sheffield. Ele deve ter gostado.

Antes do bis vieram Still Take You Home e Bet you Look Good on the Danceflour, e depois três das preferidas do blog: When The Sun Goes Down, Fluorescent Adolescent e, finalmente, 505.

"I'm going back to 505. If it's a seven hours flight or a forty five minutes drive. In my imagination you're waiting lying on your side, with your hand between your thighs".

Que final.
Agora é voltar para Barueri. Trinta minutos de carro.

"Strokes é bom mesmo, heim"
Era o Marcel, em noite inspirada. Na fileira mais próxima, um grupo de pessoas se virou, só para ter certeza.