E eles ainda querem ser levados a sério...

Tenho vinte e cinco anos e como muitos brasileiros uma das poucas paixões que eu carrego desde moleque é o gosto pelo futebol. A Copa, como não poderia deixar de ser, é o auge do meu fanatismo - do meu e do de todos que também amam o esporte. Assisti a cinco copas e todas ficam marcadas por histórias, particularidades e curiosidades. A da África do Sul é a Copa das mídias sociais (do cala-boca Galvão, de Mick Jagger, Larissa Riquelme e do polvo alemão), das vuvuzelas, da jabulani, de erros grosseiros da arbitragem, do choro do naturalizado norte-coreano Tae-Se, da mão salvadora de Soarez e do respiro da Celeste, da rejuvenescida Alemanha, da goleada sobre a Argentina, dos poucos altos e muitos baixos de Felipe Melo, do cartão vermelho de Kaká, do fracasso italiano, dos vexames franceses e de vários outros elementos que certamente acontecerão e entrarão na história desta Copa.

Você liga a televisão, acessa a internet e abre seu jornal e a análise geral é de que a competição é fraca porque não sei quem fez isso e não sei quem não fez aquilo e a impressão é que todos esses fatos passam batidos como se não existissem ou não fossem importantes. O jornalista esportivo odeia quando seus pares de outras editorias não o levam a sério, mas quando precisa não se esforça e fica tudo na mesma. A Copa de 2010 é uma das mais interessantes que eu vi.